quinta-feira, 26 de março de 2009


Você



Tudo se torna tão simples quando queremos ver a realidade
O sal das lágrimas se revela verdadeiro á dor sentida da maneira mais sincera.

Nada tem mais o mesmo sabor que tinha em outra hora
O torpor não satisfaz mais como numa noite de verão insano pelas ruas
A procura de loucuras mil, de um sorriso triste
ou de uma gargalhada descompassada e descontente.

A bebida não embriaga mais a tristeza
Não chama a felicidade pra perto de mim.

A chuva não vem mais calma e doce como na infância
E uma pergunta cruel me vem a mente: onde estou?
E uma voz rouca no fundo do peito geme.
a real pergunta não é onde estou?
E sim, onde ele está?

Então um subto penar me invade a alma
Olho ao lado da cama e ele não está
Olho no banheiro, também não
Não está em canto algum
e meu canto desfalece.

Grito com nada, onde está?
Choro chuva, soluço ventania.
Por que deixei tu ires para longe de mim
Por onde te abandonei.
Numa esquina escura te vi partir
Sem olhar pra traz

Por que deixei tu me deixar?
Amá-lo era meu remédio dessa dor sem motivo
Tê-lo era minha vitória de batalhas perdidas
Estar com você era fantasia real
Era sonhar acordado e adormecer amanhecendo

Quero-o de volta meu Amor
Volta minha cura!
Daí-me teu peito para eu descansar minha loucura
Que é te amar!

domingo, 21 de dezembro de 2008

Bacante

As vezes o amor nos mostra caminhos
que jamais poderíamos entender
o amor que guardamos no peito terno
nos faz chorar com a confusão de senti-lo.

Amar aquele que não se pode ser amado
gostar daquele que não se pode tocado
gozar o gosto amargo

Amor que atormenta o corpo
Atormenta a mente
Atormenta o coração
Atormenta a alma

Cigarro apagado
Desejos guardados
Metidos no fundo de um baú empoeirado
guardando momentos escondidos na lembrança febria
sucumbindo o ego dilacerado.

esquecendo a volúpia sentida
que ainda frenética gemia a emoção dum deleite
profano.